Força da Justiça

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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

À sombra de uma mangueira *orgânica*

Minha filha estuda em uma escola de educação *alternativa*. Mundo louco este porque quando digo *alternativa* nada mais é do que garantir à criança se apropriar do seu corpo, emergir sua criatividade, apostar na saúde com uma alimentação saudável, cantar, contar e se encantar com *estórias*, músicas. Pois é. Alternativa contra um mundo, e aí a maioria das escolas, em que a criança, desde cedinho, é obrigada a cumprimentar os outros, a ir para o colo de quem a quer, de pintar desenhos já traçados por outros, de engolir as deliciosas envenenadas recheadas e o choro também.

Só que já sabia que a alternativa a este mundo ainda é possível a poucos ou por desconhecimento ou por descrença ou por condições sócioeconômicas, raciais ou falta de atrevimento ou ou ou. O fato é que o mamão antes plantado na casa de minha avó *também lembro dos caquis... jacas...* hoje não é apenas um mamão, é mamão orgânico e não é pra qualquer um. O sonho de se aprender e ensinar na sombra de uma mangueira - salve amado Paulo Freire -  segue, embora tenha se tornado um sonho orgànico, mas tem que pagar e pagar mais, tem que procurar para quem sabe achar, tem que se atrever a negociar quando não se pode custer, entrar e ousar permancer.

Mas, como toda mãe que ama, meu desafio é pagar os preços da vida na aposta de que minha filha possa ser feliz.

Por vezes fico ranzinza, mas depois volto a acreditar que há chance para esse mundo até porque recebo olhares lindos, significativos, significantes de um par de jabuticabas orgânicas lindas demais.

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