Força da Justiça

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sexta-feira, 20 de março de 2015

O que você vê e sente?


Tenho percebido o quanto a invisibilidade, ou de forma mais direta: a ignorância, em relação aos tipos de violência persiste. 
Então proponho o exercício de pensarmos em exemplos de violência desde as simbólicas (aquelas que quase ninguém pode testemunhar porque não a percebe, mas que ferem imensamente e, em alguns casos, matam) às reais (escancaradamente vistas, mas que podem ser banalizadas). Comecemos pela violência psicológica, poderemos tratar da violência fìsica e sexual nos próximos textos. Depois (ou agora mesmo) também podemos trocar figurinha sobre exemplos de tratamentos respeitosos às pessoas para os tornar visíveis igualmente, o que acham?

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

(Lei Maria da Penha: a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.) Aqui coloco outro parênteses, entendo a violência contra a mulher como gênero, da qual decorrem a violência contra a criança menina, contra a adulta e a idosa.

Exemplos:

Negar-se a explicar os motivos de um "não" para uma criança e no lugar disso mandá-la calar a boca, ameaçá-la e dizer "criança não tem querer",

Usar palavrões para fazer calar alguém, ainda mais quando este alguém é uma criança,

Não permitir que alguém dance, alegando que é coisa demoníaca. 

Criar, chamar, enfim, ridicularizar as pessoas com adjetivos pejorativos, como macaco, em função de raça,idade, orientação sexual, religião, deficiência física, gênero.... Exemplos mais práticos: macaco, referir-se a alguém como aquela neguinha ou aquele neguinho, chamar alguém de velho, imprestável, viadinho, , macumbeira, aleijado, defender o estupro "curativo" contra lésbicas. Falar de assuntos inapropriados diante de uma criança, considerando-a burra (ah, ela não entende mesmo!) ou surda (ah, ela não está nem ouvindo!), usar o termo "isso é coisa de mulherzinha".

Ameaçar uma criança de bater nela, se contar a alguém algo...

Permitir tratamento discriminatório entre meninas e meninas. Exemplos: meninas não podem jogar bola, brincar de carrinho, soltar pipa, meninos não podem chorar, brincar de casinha, usar rosa, ajudar nas tarefas domésticas.

Racismo Institucional. Exemplos: na biblioteca de uma escola não haver (ou haver pouco em relação ao todo) livros protagonizados por personagens negros ou negras, indígenas; ter representada na decoração só crianças de determinado grupo ou de forma melhor destacada que as demais, não implementação da lei 11.639 que tornou obrigatório o ensino de cultura e história afrobrasileira. Genocídio da juventude negra. Emissoras de tv que fomentam esteriótipos contra segmentos populacionais vulneráveis no sentido político, o programa Zorra Total é uma boa citação, uma vez que nele negros e negras são ridicularizados, bem como portadores de deficiência (não parecia ser este o caso de Janete?), mulheres... o que nos leva a citar a PIADA RACISTA.


Agora participem e dêem exemplos. Vamos falar, desabafar! Colocar a energia para girar a favor de uma transformação humana conscientizadora de nosso papel no mundo!